Projeto Curumins visita escolas no DF e entorno

Há 21 anos, o projeto Curumins promove interação entre alunos, professores e os Fulni-ôs, tribo indígena de Pernambuco. A partir de quarta (10), alunos de 10 escolas públicas do Distrito Federal e entorno e 10 escolas particulares irão conhecer um pouco mais sobre a história do Brasil e sua nação também através do documentário Curumins, que será entregue nas escolas. Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF), o projeto Curumim – com o Grupo Walê Fulni-ô – segue as diretrizes da lei que determina o ensino de Cultura Indígena nas escolas.

O objetivo desse encontro, de forte caráter sócio-educativo, que já passou por mil escolas do DF e realizou 1,2 mil apresentações, é fazer com que a garotada se familiarize com a realidade de um povo que ajudou a formar a base da sociedade brasileira. Desde o ano passado, o programa conta com instrutor para crianças com necessidades especiais. “Teremos um cuidado especial com os alunos portadores de deficiências auditiva e visual. Por isso, disponibilizaremos acompanhantes e linguagem em libras, tudo para proporcionar um melhor contato com os índios”, explica o idealizador do projeto, Pablo Ravi.

Uma novidade nesta edição é a entrega de um DVD do documentário inédito Curumins. O curta, com 16 minutos, mostra como vive a tribo Kamayura no Mato Grosso, com aproximadamente 500 índios, que vivem da pesca, caça e do que plantam. E a tribo Fulni-ô, em Pernambuco, que situa-se no município de Águas Bela, onde os índios sobrevivem de artesanatos e de diversos serviços feitos na cidade e na própria aldeia.  O intuito é que toda criança tenha acesso ao documentário e passe a entender um pouco mais como vivem as crianças (curumins) nas tribos indígenas.

A iniciativa é um reconhecimento da importância dos índios na formação do povo brasileiro. Atualmente, existem no Brasil mais de 230 etnias indígenas, mostrando a imensa diversidade dessa cultura. “Queremos que os alunos saiam um pouco dos livros e vivenciem esse contato direto com os índios, quebrando preconceitos e estereótipos, levando cultura para as escolas, ouvindo suas histórias e aprendendo um pouco da cultura indígena”, diz o também arte-educador Pablo Ravi “Esse projeto é para que todos possam ter conhecimento de suas raízes, entender um pouco mais sobre a história do Brasil e também servir de exemplo para nossas crianças e professores. Um ganho coletivo para as crianças que aprendem mais e para os índios, que  podem divulgar sua cultura e vender seus artesanatos, ajudando também financeiramente grande parte da aldeia”, explica. 

Com experiência profissional junto à FUNAI – entidade nacional responsável pelos interesses indígenas – Ravi e o arte-educador Daniel Santos fazem um primeiro contato junto às escolas promovendo palestras lúdicas, descontraídas e interativas. A ideia é despertar o senso crítico e trazer novas reflexões sobre a comunidade indígena brasileira.

A segunda etapa é ainda mais divertida, com apresentações de danças, canções e rituais Fulni-ô para alunos, professores e funcionários das escolas, fazendo que todo mundo, literalmente, entre na roda. Brincando, se divertido e interagindo, todos aprendem histórias da tribo e um pouco da língua nativa yatê.

Para difundir ainda mais os costumes e as tradições da tribo indígena, uma exposição de artesanato será montada durante a passagem do Grupo Walê Fulni-ô pela escola.  Uma lembrança marcante dessa experiência poderá ser adquirida com a compra de brinquedos baratos como arco e flecha, brincos, apitos, chocalhos, flautas e cocas.

O Grupo Walê Fulni-ô fará 20 apresentações sócio-educativas, na rede pública, de manhã e à tarde. Demais escolas, que tenham interesse pelo projeto, poderão consultar a disponibilidade na agenda pelo 97400-2725 com Pablo Ravi.

Sobre o Documentário

Título: Curumins (Original)

16 min, ano 2018, Brasil;

Direção: Pablo Ravi / produção: Associação Cultura Candanga / roteiro: Pablo Ravi;

Trilha Sonora: Pablo Ravi;

Elenco: Tribo Fulni-ô PE e Tribo Kamayura MT.

Sinopse: Duas histórias, documental, relacionado a duas Tribos indígenas, uma afastada da cidade que fica em Mato Grasso, onde mantêm as tradições antigas.  E a outra em Pernambico que vive ao lado da cidade onde convivem com os brancos e alguns costumes da cidade, tentando manter algumas tradições de seus ancestrais.

PROGRAMAÇÃO

Abril

10/04 – 10h e 16h – CEF (Centro de Ensino Fundamental) GAN (Asa Norte)

11/04 – 08h e 16h – CEI 01 (Taguatinga)

11/04 – 10h30 e 13h30 – Escola Classe 11 (Ceilândia)   

12/04 – 10h e 16h – Escola Piaget (Guará)

12/04 – 09h – Escola Raio de Sol (Ceilândia)

12/04 – 15h30 – Escolas Mepe (Águas Claras)

15/04 – 08h e 16h – Escolas Classe 14 (Sobradinho)

15/04 – 11h e 13h30 – Escolas Classe Mestre Dármas (Planaltina)

16/04 – 10h e 13h – Escolas Classe 04 (Cruzeiro)

16/04 – 08h e 16h – Escolas Parque 303/304 (Asa Norte)

17/04 – 08h e 16h – Colégio COC (Jardim Botânico)

17/04 – 08h e 16h – Escola Classe (São Sebastião)

18/04 – 08h e 16h – Creche e Pré-Escola Fundação Cabo Frio (Asa Norte)

22/04 – 08h e 16h – CEF (Centro de Ensino Fundamental) 05 (Guará)

22/04 – Arara Azul – (Águas Claras)

22/04 – 08h e 16h – CEF (Centro de Ensino Fundamental) 05 (Guará)

23/04 – 08h e 16h – Colégio COC (Brazlândia)

23/04 – Escola Classe 03 (Paranoá)

24/04 – 10h30 e 13h30 – CEF São Paulo (São Sebastião)

24/04 – 08h e 16h – Centro de Ensino Médio 01 (São Sebastião)

25/04 – 10h e 16h – Escola Classe 01 (Ceilândia)

25/04 – 10h e 16h – Escola Classe 02 (Ceilândia)

26/04 – 10h e 13h – Escola Classe 01 (Planaltina)

26/04 – 08h30 e 16h – Escola Classe 02 (Planaltina)

Serviço

Projeto Curumins

De 10 a 26 de abril

Locais e Horários: Consultar programação

Informações e agendamento: 97400-2725

Gratuito

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