Há três meses, as academias do Distrito Federal estão com as portas fechadas e quase sem receita. De acordo com o Sindicato do setor, até o momento 4,5 mil funcionários já foram demitidos e 40 unidades encerraram suas atividades em todo o DF. A estimativa é que este número aumente ainda mais até o fim deste mês.
“Se continuar desse jeito teremos pelo menos mais 5000 pessoas demitidas até o final de junho”, aponta Thais Yeleni, presidente do Sindicato das Academias do DF, o Sindac DF. Ela comenta que o problema tende a se agravar ainda mais. “Hoje, são 30 mil famílias que trabalham direta ou indiretamente com este segmento. Tem gente me ligando desesperada porque não tem mais dinheiro para comprar comida. A situação é assustadora”, aponta.
Conforme a sindicalista, o DF soma 960 academias atualmente. Deste total, 80% não têm condições de ficar três meses sem receita, e se continuar parado, mais um mês, o segmento vai quebrar. “Essa é a nossa realidade. Os empreendimentos precisam se manter, manter seus custos, mesmo sem ter receita, e eles estão sucumbindo. O segmento fitness está sucumbindo em Brasília”, enfatiza.
Para Thais, a retomada de atividades é fundamental e pode inclusive ajudar na redução de óbitos pela COVID-19. “Não entendemos o porquê de ainda estarmos fechados, já que o nosso serviço cuida diretamente da saúde da população e temos um protocolo rígido de segurança para diminuir a disseminação do vírus”, destaca.
Este protocolo mencionado pela presidente do Sindac DF aborda medidas de limpeza geral das unidades, como a disponibilização de álcool 70% para a desinfecção dos equipamentos por alunos e funcionários. Além de medidas de prevenção, como a limitação de clientes no mesmo horário, uso de máscaras, aferição de temperatura e entre outros.
Curso online
O Sindac também vai oferecer aos gestores e colaboradores de academias do DF um curso online de treinamento deste protocolo. A qualificação é uma parceria com a Secretaria de Esporte, a Associação Brasileira de Academias (Acad), o Conselho Regional de Educação Física (CREF-DF) e a Secretaria de Saúde.