O empresário José Valter Dias e seu filho Joilson Gonçalves Dias, por meio de sua defesa feita pelo advogado Maurício Vasconcelos, esclarece que, ao contrário do que foi noticiado por alguns, não são verdades as acusações de que eles estariam por trás de agressões contra agricultores que disputam as terras alvo da Operação Faroeste. Dias está, na verdade, recolhido em uma cidade do Piauí “acometido de câncer no intestino, o que lhe impossibilita de exercer qualquer tipo de atividade”.
Ou seja, são falsas as afirmações de ameaças feitas por pistoleiros que dizem falar em nome de Joilson Gonçalves Dias. Vasconcelos esclareceu que ele continua residindo no oeste da Bahia e que “não ameaça absolutamente ninguém de mal injusto ou grave”. Joilson vem sendo ameaçado constantemente porque sempre levou ao conhecimento da Polícia Federal fatos que comprometem os verdadeiros grileiros de terras no Oeste da Bahia.
A família Dias é dona das terras em questão porque, ainda na década de 1980, adquiriu o direito. Delfino Ribeiro Barros, dono de alguns milhares de hectares de terra da Fazenda São José, morreu. Este cedeu aos seus filhos o terreno que havia sido deixado pelo pai, Eustáquio Ribeiro de Souza. Anos depois, os herdeiros cederam os direitos das terras para Dias, o que foi validado pelo juízo da comarca de Formosa do Rio Preto (BA). As terras foram registradas sob a matrícula 1037.
Dia 6 de maio
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou, no próximo dia 6 de maio, o julgamento virtual para decidir se recebe a denúncia feita no final do ano passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia. É contra quatro desembargadores e três juízes acusados de vender decisões judiciais em grilagem de terra no oeste do estado.
