Em sua terceira edição, Favela Sounds 2018 reúne 30 mil pessoas

DJ Kashuu (Foto Rômulo Juracy)

Após  seis dias de programação em sete regiões administrativas do Distrito Federal e no centro da cidade, a terceira edição do Favela Sounds – Festival Internacional de Cultura de Periferia terminou no último sábado (24/11) . Ao todo, 30 mil pessoas foram acompanharam a programação que incluiu oficinas em espaços culturais independentes do DF, debates em escolas públicas, atividades em unidades do Sistema Socioeducativo e, claro, as duas noites de shows no Museu Nacional da República.

Artistas do rap e R&B como Drik Barbosa, Rico Dalasam, Preta Rara, Don L, Flora Matos, Fabriccio, Hiran, DJ Janna, Marmitos, Flávio Renegado, Donas da Rima e outros, chamaram atenção no line-up. Do funk, marcaram presença Deize Tigrona, Pepita, Sandrinho Contexto (DJ de uma vida de Mr. Catra, que fez um tributo ao cantor, homenageado da edição do Favela Sounds), além de Na Batida do Morro e Kashuu. Ainda, Keila representou o tecnobrega, MC Tocha, o brega-funk de Pernambuco, e La Furia, o pagodão baiano. Artistas como MC Tha, Bia Ferreira, Yourubeat, Marfox e Forró Red Light trouxeram novas possibilidades para a música de quebrada, indo a estilos que vão desde o afrohouse ao boom-bap, passando pela clássica música popular brasileira e sons experimentais.

Entre os dias 5 e 23 de agosto foi realizada a primeira oficina desta edição, de cenografia, na Ceilândia, que resultou em todo o projeto cenográfico do evento, pensado e executado pelos alunos da atividade. De 19 a 23, o Varjão recebeu a Oficina de produção de faixas autorais de baixo custo, enquanto Samambaia foi palco da Oficina de empreendedorismo, e São Sebastião, da Oficina de percussão.

Batizadas de Tamo Junto, as atividades que levaram música às Unidades do Sistema Socioeducativo do DF (para jovens em privação de liberdade), também ganharam mais espaço nesta edição. Vera Verônika, Nego Dé e DJ Chokolaty promovem conversas com os jovens internos e, ainda, alguns dos jovens puderam participar de todo o processo da oficina de cenografia. Outros destes jovens foram autorizados a acompanhar os shows do festival, fato que comprova o atendimento continuado do festival.

O Favela Sounds 2018 também levou debates para escolas públicas do DF. A rapper e ativista Preta Rara passou pelo CED 3, de Sobradinho, e pelo Centro de Ensino Fundamental Telebrasília (Riacho Fundo II); e o criador do Voz das Comunidades, Rene Silva, conversou com os alunos do CEM 01, no Núcleo Bandeirante. A iniciativa acertada contou com mais de 1200 alunos participantes.

Na estrutura do Baile, os presentes puderam participar de debates com Diogo Baldacci, da Secretaria de Cultura do DF/LIC e Zélia Peixoto, da Oi Futuro/LabSonica, sob a mediação de Jaqueline Fernandes, na sexta, e com a escritora Juliana Borges, no sábado, em atividades realizadas no Espaço Favela Sônica, co-criado com a Oi Futuro. O espaço abrigou também uma ampla área de descanso no festival, além de ter sido palco para o lançamento do Slam Favela Sounds e para batalhas de rima, de hora em hora.

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