Samuka é morador do Recanto das Emas e atualmente reside em Calais/França, onde participa de uma importante companhia de Dança e Performance. Com viagem curta ao DF para visitar a família, o artista se viu em meio à popularidade inesperada. Entre uma entrevista e outra na capital, houve espaço para uma importante reunião na SECEC, que culminou em algumas reflexões.
Na reunião com Abrantes, o b-boy falou das dificuldades enfrentadas por artistas PCD’s e como o apoio da pasta pode ser determinante na busca por patrocínios, incentivos e desdobramentos político-culturais entre Brasil e França. Por estar sendo constantemente citado como um representante da cultura brasiliense, nada mais justo que tratar do tema diretamente no gabinete do secretário.
Acompanhados do diretor de gestão dos espaços culturais Junior Ribeiro e do produtor cultural Josuel Junior, falaram sobre novos projetos do DF que possam dar visibilidade a artistas PCD’s e ao movimento hip-hop, sempre com incentivo à nova geração de meninas e meninos que se aventuram nas diferentes modalidades da linguagem, seja no breakdance, no rap, no grafite e na prática de esportes coligados com ações artísticas.
Uma das pautas levantadas pelo b-boy foi referente ao não entendimento e falta de preparo de comerciantes, atacadistas e varejistas, sobre as necessidades de um artista-atleta. Por exemplo: para competir, Samuka sempre precisa recorrer à compra de dois pares de tênis, mesmo usando apenas em apenas um pé e não tendo a chance de obter descontos pelo item não usado.
Samuka é o nome artístico de Samuel Henrique, que aos 13 anos enfrentou um difícil tratamento contra o câncer no fêmur, que culminou na amputação de uma das pernas.
Recentemente campeão de um torneio mundial numa ação coligada entre Brasil e Japão, Samuka começou a praticar o break em Ceilândia, aprendendo e trocando experiência com o conhecido grupo DF Zulu Breakers, além de passar pelo ILL Abilities e a Companhia Hervé Koubi. No currículo, competições célebres como Outbreak, na Eslováquia, Notorious IBE, na Holanda, Lille World Battle, na França, Dpc Jam, na Suíça, World Bboy Classic, também na Holanda, Freestyle Session, nos Estados Unidos e Radikal Forze Jam, em Singapura.
A visita foi acompanhada de informações sobre a importância do fomento de intercâmbios culturais para artistas e agentes que representam a arte do DF em diferentes locais do mundo.