Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca

Seleve

O terceiro domingo do mês de maio destaca-se por ser o Dia Internacional do Celíaco. A data tem como objetivo divulgar e informar a população sobre o mal e a importância da alimentação, além de chamar a atenção para o diagnóstico precoce da doença. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, de 1 a 2% da população mundial é formada por celíacos. No Brasil, estima-se que um entre 400 brasileiros tenham a doença e, de cada oito pessoas acometidas, apenas uma recebe o diagnóstico corretamente.

De acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil – FENACELBRA, estudos amostrais realizados em São Paulo, Ribeirão Preto e Brasília permitem estimar a incidência da doença em 1 para cada grupo de 214 pessoas, 1 para 273  pessoas e 1 para 681 pessoas, respectivamente. Essa constatação coloca o Brasil no nível da população europeia – a mais afetada até o momento. Para os portadores da doença celíaca, qualquer alimento com glúten é uma séria ameaça. Comidas como pão, macarrão e bolo preparados com farinha de trigo estão terminantemente proibidos. 

Também devem ser evitadas bebidas alcoólicas como cerveja e uísque, por conta da cevada e do malte, bem como a manipulação ou o mínimo rastro deles em talheres e copos utilizados nas refeições em casa ou na rua. “A Doença Celíaca é uma doença autoimune que ocorre em indivíduos suscetíveis geneticamente, causando uma reação exagerada do sistema imunológico ao glúten – principal componente protéico do trigo, centeio, cevada e do malte”, explica Carla de Castro, nutricionista especialista no tema. 

“Ela afeta primeiramente o intestino delgado – em sua porção inicial, causando um achatamento das vilosidades e gerando um processo inflamatório, que tem como principal consequência a má absorção de nutrientes”, complementa a nutricionista. Além de sintomas gastrointestinais, o paciente pode apresentar outras comorbidades como alterações de pele, osteoporose, infertilidade, alterações neurológicas, entre outros. “Este mal pode aparecer em qualquer fase da vida”, esclarece Carla de Castro. 

Para Valine Alencar,  tricologista funcional com dez anos de experiência em queda de cabelo e calvície, as placas de alopecia no couro cabeludo podem ocorrer devido a inflamação da parede do intestino, o que aumenta a penetração de substâncias tóxicas e alérgicas. O sistema de defesa é ativado e inicia a produção de anticorpos que atacam estruturas saudáveis, neste caso os folículos pilosos, causando a alopecia areata. “Muitas pessoas buscam apenas suplementação para a queda capilar, mas ela também está associada à doença celíaca. É preciso estar atento aos sintomas, mesmo que leves, e procurar ajuda especializada”, afirma Valine, que integra a Academia Brasileira de Tricologia – ABT. 

Opções saudáveis, saborosas e sem risco – O alimento pode ser saudável e saboroso, é o que explica Paulo Frias, dono da Seleve, marca de panificados especializada em alimentos sem glúten e sem lácteos. “O nosso cardápio é inclusivo e conta com mais de 120 opções de alimentos sem glúten, entre pratos frios, quentes, tortas, diversos doces e panificados”, explica o empresário. O espaço apresenta a garantia de não ter contaminação cruzada, ou seja: transferência acidental, direta ou indireta, de contaminantes físicos, químicos ou biológicos prejudiciais à saúde humana, principalmente por meio de manipuladores, vetores, superfícies, utensílios, equipamentos ou outros alimentos, durante os processos de produção, manipulação, processamento, preparação, tratamento, armazenamento, embalagem, transporte, conservação ou serviço.

“Sempre tive uma enorme dificuldade em encontrar produtos sem glúten”, reclama Karen de Paula, estudante universitária que desenvolveu a doença celíaca na adolescência. “De lá para cá tive que me adaptar e encontrar caminhos para manter uma vida saudável e plena”, explica. Para ela, descobrir novas opções no comércio local foi o ponto de partida para a virada de chave na sua saúde alimentar. “Como estudante de alimentos, descobrir a existência de lugares como a Seleve me ajudou não apenas no campo pessoal, como também no profissional”, conta contente a estudante. Além da Seleve, Brasília conta com outros espaços especializados em produtos para este público, como a Quitutices e a Passos Sem Glúten. 

Apesar de a Lei Federal nº 8.543/92 obrigar a identificação do glúten nos rótulos, alimentar-se em restaurantes normais pode ser um risco, explica Karen. “É preciso conversar com o responsável pela cozinha, pois o mínimo contato com glúten já contamina a comida”, ressalta a estudante. Hoje, sabe-se que parentes de primeiro grau de celíacos têm de 4% a 10% de chances de apresentar a doença, mesmo que seja de forma assintomática. A doença nem sempre se manifesta na infância, podendo dar sinais de sua existência já na fase adulta. 

Cinco dicas da Nutri Carla  para pacientes celíacos 

1. Faça a exclusão total do glúten – O único tratamento para a doença celíaca, hoje, é uma dieta estritamente livre de glúten. Nenhum alimento ou medicamento contendo glúten proveniente do trigo, centeio, cevada ou derivados pode ser ingerido. Pequenas quantidades de glúten podem ser prejudiciais.

2. Escolha alimentos naturais e saudáveis – Inclua na sua dieta: arroz, feijão, vegetais crus e cozidos, proteína de fonte animal, frutas… Nenhum desses alimentos tem glúten em sua composição;

3. Cuidado com a contaminação cruzada – Tenha utensílios de cozinha e locais exclusivos para preparação de alimentos isentos de glúten, como: panelas, pratos, copos, talheres, fornos, bancadas etc;

4. Cuidado com a automedicação – Alguns medicamentos podem conter glúten na sua composição, nesse caso não tome sem a prescrição médica.

5. Escolha locais seguros para se alimentar – Caso seja necessário se alimentar na rua, procure estabelecimentos que garantam a segurança na hora da manipulação dos alimentos.

Serviço 

LOCAL: Seleve – Asa Norte, Quadra 702/703, Bloco H,  Loja, 01

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:   8h30 às 20h30

E-COMMERCE: www.seleve.com.br 

CONTATO: (61) 98292-8194 /  assessoria.libre@gmail.com