Até domingo (20/11), o público da Vila Telebrasília poderá conferir a história de amor entre dois homens, numa reflexão sobre as relações virtuais contemporâneas.
O que marca, efetivamente, a distância entre o real e o virtual? O beijo, o toque e o afeto? Como celebrar a fusão de dois? Como rasgar a virtualidade e mergulhar nesse encontro de fusão? Essas são as reflexões propostas pelo espetáculo “rAreFeito”, dirigido por Nei Cirqueira e com Pedro Ribeiro e Jeferson Alves no elenco.
Em “rAreFeito”, o público se depara com Artur e Fabiano, dois homens que se conhecem virtualmente poucos dias antes da pandemia de Covid-19 se instalar no Brasil. Artur é o funcionário mais dedicado de uma agência bancária, gosta de se divertir fazendo montagens de si mesmo, vive uma bonita relação de afeto com sua família, mas tem percebido cada vez mais a dificuldade de estabelecer laços amorosos com outros caras. Já Fabiano é médico em um posto de saúde e conseguiu a duras penas, e graças às cotas raciais, ingressar na universidade e se formar em Medicina. Com muitos plantões e pouco tempo livre, Fabiano é pressionado a continuar mandando parte de seu dinheiro para manter a família em boas condições no Sul.
Os dois rapazes se conhecem virtualmente e decidem se encontrar no presencial. A montagem teatral provoca e impacta o imaginário social, positivando e promovendo a humanização de figuras e relacionamentos homoafetivos. Ela incita o público a refletir sobre o respeito e inclusão da comunidade gay na sociedade contemporânea. Frequentemente estigmatizados por hiper sexualização, ridicularização, marginalização violenta ou desfechos trágicos e frustrantes para seus relacionamentos, os personagens gays carecem de representações mais complexas, amplas e sensíveis que proporcionem uma escuta social mais atenta às questões e demandas que atravessam a comunidade LGBTQIA+.
Nesse sentido, “rAreFeito” sensibiliza a comunidade do DF a agir em prol da efetiva inclusão da comunidade queer, estimulando cada espectador a reconhecer e contribuir para a aceitação e legitimação amorosa de relacionamentos gays, bem como gerar memória crítica através da arte para a singularidade e peculiaridade histórica para a travessia contemporânea e árdua do momento da pandemia, possibilitando um reconhecimento mais intimista dos conflitos humanos e novas dinâmicas afetivas dela decorridos.
Os atores da obra são conhecidos nomes das artes cênicas do DF. Pedro Ribeiro é mestrando em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade de Brasília, especialista em Direção Teatral, bacharel em Artes Cênicas – Interpretação Teatral e licenciado também em Artes Cênicas, ambas formações pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Atua como professor efetivo de Artes pela Secretaria de Educação do DF desde 2012 e já dirigiu e atuou em espetáculos diversos apresentados em Brasília, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Cuzco/Peru. Já Jeferson Alves é ator e pós-Graduado em Pedagogia e bacharel em Artes Cênicas em Interpretação Teatral, também pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. O profissional atuou em espetáculos diversos apresentados em Brasília, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Pudahel/Chile.
Sexta, Sábado e Domingo
(sexta e sábado – 20h) / (domingo – 19h) / Entrada Gratuita
Espaço Pé Direito – Rua 1, Nº 23 – Lote 23, Casa 01 – Vila Telebrasília. Todas as sessões terão tradução em libras e mediação.
Idealização: Jeferson Alves e Pedro Ribeiro / Direção Artística: Nei Cirqueira / Intérpretes: Jeferson Alves e Pedro Ribeiro / Produção: Carvalhedo Produções