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Alfabetização em duas línguas ganha atenção das escolas

Aprender a falar, andar e brincar. Durante a infância, um mundo de descobertas se abre para as crianças. Todos os dias elas vivenciam uma experiência diferente. Até o momento de...

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Aprender a falar, andar e brincar. Durante a infância, um mundo de descobertas se abre para as crianças. Todos os dias elas vivenciam uma experiência diferente. Até o momento de ir à escola e começar todo o processo de aprendizado acadêmico, que tem a alfabetização como um marco fundamental.

Como diria Isabella Sá, Diretora da Escola Eleva Brasília: “Alfabetização é uma chave que abre o mundo das palavras, não mais um mundo narrado pelos outros, mas o mundo da sua narrativa pessoal com as palavras que você aprende a desvendar.” Apesar de ser encantadora, a jornada da alfabetização é complexa: aprender a escrever não acontece de uma hora para outra. Desenvolver o prazer pela leitura e tornar-se um escritor autoral e criativo, tampouco. O processo da escrita precisa dos estímulos corretos e de sistematização.

A formação de leitores e escritores é denominada de letramento e começa desde os primeiros anos de vida. Na Educação Infantil, acontecem a imersão da criança na literatura, iniciada já nas primeiras leituras em casa, e a ampliação do seu repertório cultural e linguístico.

As principais etapas deste processo incluem a ampliação de repertório, consciência fonológica, escrita e leitura das primeiras palavras, escrita e leitura das primeiras frases, reescrita de diferentes gêneros textuais, produção de textos, domínio ortográfico e gramatical. Contudo, existem escolas que trabalham todo esse processo de letramento em dois idiomas: biletramento. Uma forma de introduzir essas crianças a novas possibilidades e ensinos, já que o aprendizado de uma segunda língua nessa fase da vida é mais natural.

Alfabetização em duas línguas

Algumas escolas do DF já adotam o biletramento. É o caso da Eleva. Localizada na Asa Sul, a instituição forma alunos com proficiência na língua inglesa, para que eles produzam textos e materiais a nível acadêmico. O letramento ocorre simultaneamente nas duas línguas (português e inglês), com os mesmos princípios metodológicos, mas respeitando tempo de construção de repertório e as particularidades de cada língua e de cada aluno.

“Sabemos que nossas crianças chegam à escola com um repertório linguístico-cultural muito maior na sua língua materna. Por isso, ao longo do Ensino Infantil, nossas aulas são majoritariamente em inglês (60%), para que possamos ampliar o repertório das crianças nessa língua. No 1º ano do Ensino Fundamental, temos a formalização da alfabetização em português; e no 2º ano, já lendo e escrevendo com mais desenvoltura na língua materna, realizamos a formalização da alfabetização em inglês”, explica a diretora da Escola Eleva Brasília, Isabella Sá.

Estudos da neurociência comprovam que as crianças ficam mais inteligentes quando alfabetizadas em mais de uma língua, pois o córtex frontal precisa fazer mais conexões, e esse exercício “engrossa” a massa cinzenta. Outro benefício do bilinguismo é o desenvolvimento de um cérebro bilíngue: dada a frequência em que o cérebro humano transfere o que aprende em uma língua para outra língua, ele acaba construindo dois núcleos gramaticais integrados em vez de blocos separados, facilitando a troca e a fluência dos conhecimentos em ambas as línguas. Esses são apenas alguns dos benefícios de uma imersão no ambiente bilíngue desde cedo.

Inglês, espanhol ou mandarim?

Quando se fala na alfabetização em outra língua, a primeira que vem à cabeça é o inglês. A Língua Inglesa já é considerada língua franca por ser a mais amplamente falada no mundo. Quase 90% dos artigos científicos mais relevantes da atualidade são publicados primeiro em Língua Inglesa, e o mesmo pode se dizer das inovações tecnológicas deles advindas.”O inglês é a língua acadêmica oficial. Por isso é importante introduzirmos o idioma desde o ensino infantil para que as crianças possam também explorar textos científicos e livros na língua inglesa e no futuro prestar vestibulares de universidades conceituadas nos Estados Unidos e Europa”, reforça Isabella Sá.

Mas existem outras possibilidades que abrem portas importantes. No Brasil, por exemplo, há uma enorme necessidade de pessoas proficientes em mandarim, a língua mais falada no mundo em termos numéricos brutos. “A China é a maior parceira comercial do Brasil, sendo responsável sozinha por aproximadamente 30% das exportações brasileiras. Em terceiro lugar, por estarmos rodeados por países que falam espanhol, dependendo da empresa e da vaga, este também pode ser um diferencial”, destaca o coordenador da Blue School.

“O fato é: seja ela espanhol, mandarim ou inglês, a segunda língua abre horizontes. Não tê-la ou não dedicar-se a adquiri-la é omitir-se gravemente diante das mudanças radicais nas relações interpessoais e trabalhistas da atualidade”, finaliza o especialista.

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