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Academias seguem sem previsão de reabertura apesar de protocolos definidos

Desde o começo da pandemia, causada pelo novo Coronavírus, o Governo do Distrito Federal fechou diversos empreendimentos para evitar a disseminação do vírus na capital do país. Recentemente, o governador Ibaneis Rocha retomou algumas das atividades. Reabriu shoppings, feiras e parques públicos. Na última semana, ele disse que estudava retomar o funcionamento de outros setores, como as academias, salões de beleza, bares e restaurantes. Mas, uma decisão da juíza federal Kátia Balbino Ferreira, titular da 3ª Vara Cível, impediu os planos do governador.

Para o Sindicato das Academias do DF, o Sindac DF, os espaços já deviam estar funcionando, pois se trata de um serviço essencial, assim como farmácias e supermercados. “O nosso segmento cuida da saúde da população. É através da atividade física que combatemos comorbidades como o diabetes e a hipertensão, que podem agravar os casos da doença”, explica a presidente do órgão, Thais Yeleni.

Conforme a sindicalista, sem a retomada, o setor vai entrar em colapso. “Não entendemos o porquê de ainda estarmos de portas fechadas sendo que outros serviços já foram liberados e não têm a segurança que podemos oferecer”, contesta. Ela conta que as academias não serão mais as mesmas, elas deverão seguir um novo protocolo de funcionamento, com regras rígidas que abordam todo o setor.

Entre essas normas está a limitação de clientes por hora, a limpeza dos ambientes de duas a três vezes por dia, a disponibilização de álcool 70% para a desinfecção dos equipamentos, o uso obrigatório de máscaras, a aferição de temperatura e entre outros.

Cenário atual
Há três meses com as portas fechadas, as academias do Distrito Federal estão sucumbindo. De acordo com o Sindac DF, até o momento mais de 50 estabelecimentos encerraram suas atividades e pelo menos 6 mil funcionários foram demitidos. Os números são alarmantes e tendem a crescer ainda mais.

Thais Yeleni conta que se a situação não mudar, até o fim deste mês,pelo menos mais 5 mil profissionais ficarão sem emprego. “Essa é nossa realidade. Temos 30 mil famílias trabalhando no segmento fitness atualmente, direta ou indiretamente e recebo ligações com frequência de pessoas desesperadas porque não tem mais dinheiro para comprar comida”, aponta.

Outras cidades
Enquanto o Sindac DF luta para a retomada das atividades, outras cidades do país já estão com as academias funcionando. A exemplo disso, Curitiba, Porto Alegre e Maringá, que assim como o Sindicato do Distrito Federal, adotaram medidas da Organização Mundial da Saúde, a OMS, para a prática de atividade sem risco de contaminação pelo novo Coronavírus, dentro das unidades.

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